Desde a confirmação do primeiro caso da COVID-19 em nosso país, no final de fevereiro de 2020, vivemos uma série de perdas, mudanças e momentos de medo.
Com a declaração oficial de cenário de pandemia em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde, elevou-se à nível mundial os impactos sofridos. Assim, passamos a viver algo inédito na história recente, considerando o acesso que temos à tecnologia da informação e o nível de globalização.
A ciência tenta correr contra o tempo, considerando a alta taxa de contaminação da doença e os números de morbimortalidade. Diversos estudos vêm sendo desenvolvidos acerca do assunto e vimos o surgimento do termo “fadiga pandêmica”, cunhado pela OMS, para determinar os efeitos do prolongamento da pandemia.
As pessoas contaminadas pelo vírus podem enfrentar uma série de sequelas e comprometimentos após a alta hospitalar, principalmente aqueles pacientes que passam longos períodos na UTI. Podendo, assim, desenvolver a “síndrome de cuidados intensivos”, que têm impactos físicos, cognitivos e mentais. Além disso, além da fadiga física que pode acometer pessoas contaminadas, na sua recuperação pós-covid, há pessoas que, mesmo não tendo sido contaminadas, também sofrem da chamada “fadiga pandêmica”.
Segundo a OMS (2020), a fadiga pandêmica é uma resposta natural à situação de crise que estamos vivenciando. Já que, direta ou indiretamente, fomos afetados pela crise de saúde pública com impactos sem precedentes na humanidade. A chamada fadiga pandêmica seria o resultado da hiper vigilância prolongada, podendo gerar desde desmotivação para continuar seguindo os cuidados amplamente divulgados, ou uma série de repercussões emocionais como tristeza, apatia, ansiedade, nervosismo, estresse, etc.
Segundo as pesquisas, todos nós estaríamos esgotados e vulneráveis, desenvolvendo uma sensação de desesperança. A OMS alerta, então, para a importância do desenvolvimento de estratégias a nível dos governantes, primando pela transparência, repasse de informações e estratégias de cuidado.
Não podemos esquecer, também, que esse momento de crise é vivido de diferentes formas por cada um de nós. Buscar auxílio de um profissional especializado em Saúde Mental, como psicólogo ou psiquiatra, pode ser uma importante estratégia para lidar com situações adversas, caso perceba algum sintoma de esgotamento físico/mental.
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